O que é um educador(a) ou quem é o educador(a)?
O que é um educador(a) ou quem é o educador(a)?
Por Sidney Jorge
Algumas perguntas desencadeiam reflexões inquietantes e não podem passar sem uma boa interiorização. Certa vez fui abordado, de sobressalto, por uma pessoa que me dirigiu a seguinte indagação: o que é preciso para ser um educador? E ai eu não sabia como responder. Nunca havia pensado nisso antes, a necessidade de alguma coisa para ser educador. Procurei responder dentro das possibilidades. Trouxe rapidamente dos arquivos mentais os modelos de educadores passados em minha vida ou, aqueles estudados na Escola. E confesso, para não ficar sem resposta, comecei a descrever um perfil aproximado, de acordo com minhas concepções.
Em primeiro lugar, o educador deve ser uma pessoa de oração, o principal modelo é Jesus Cristo. Por isso, o elo orante com Ele ensina a buscar os verdadeiros valores.
Depois, não esquecer o significado etmológico da palavra educação em latim - educare, guiar para fora. Logo, o educador propõe a inauguração de um saber já existente. É como uma semente que, potencialmente, é uma planta e, na terra fértil, desperta para vida quando recebe água. O educador se compara ao jardineiro derramando água sobre a semente até a maturidade da árvore.
Bom, então carece humildade, porque extrair o já existente é reconhecer que não se ensina, mas colabora-se com o saber.
Outra característica importante para o educador é ser extremamente observador. Esta qualidade proporciona compreender as diferenças e aproveitar as oportunidades para construção do saber de forma personalizada se necessário.
É importante a preparação. Um educador que se presa tem sede de formação e informação. Alimenta sempre a vontade de crescer intelectualmente, espiritualmente, humanamente, socialmente – no sentido social da palavra. Ao poucos se sacia nas fontes de conhecimento no intuito de partilhar e ajudar os educandos.
Além dos conhecimentos técnicos é interessante ler Paulo Freire, algo sobre Francisco de Assis, Dom Bosco, Antônio Carlos Gomes da Costa, Dom Luciano, Mahatma Gandhi, Martin Luter King alguém que propõe algo revolucionário a partir da realidade, sem massificação, sem dominação, reconhecendo a alteridade, a cultura, a vida.
Saber ouvir. Primeiro parar e ouvir tudo ao seu redor, fazer as devidas associações e só depois oferecer sugestões.
Os verdadeiros mestres são aqueles capacitados em simplificar as coisas. A simplicidade do educador precisa ser uma constante. Diante o educador, o mundo, o universo e a realidade não são tão complexos quanto parece.
O educador torna-se referência muitas vezes. Portanto, é importante o cuidado pessoal. O fluxo energético deve estar sempre favorável e isto só é possível quando ele se cuida.
No educador deve estar presente tudo aquilo que guardou durante sua vida e se tornou acúmulo de saber, a compreensão do momento e aquele olhar estranho como se estivesse sempre vasculhando o horizonte em função do Bem a se oferecer à humanidade, no contexto do espaço e do tempo propícios à EDUCAÇÃO.